De maneira geral, a temática do engajamento tem ganhado grande relevância no âmbito corporativo. Se, antes, a preocupação estava, única e exclusivamente, na atração de talentos, agora, o que se percebe é um investimento significativo em talentos internos, tencionando incentivá-los a permanecer na companhia. Esse movimento não apenas reduz os índices de turnover, mas, sobretudo, impulsiona a conexão genuína com a marca.
Nesse sentido, a retenção de executivos está diretamente relacionada à promoção do engajamento. Uma liderança engajada pode, sem dúvidas, alavancar os resultados de sua equipe e traduzir os objetivos do negócio com transparência e clareza. Por isso, cada vez mais, as organizações estão direcionando esforços ao Capital Humano e ao desenvolvimento de uma cultura pautada pela participação ativa.
O intraempreendedorismo, por exemplo, é uma maneira extremamente eficaz para estimular o vínculo com o propósito organizacional. Se a liderança tiver as oportunidades e ferramentas necessárias para mostrar seu potencial, muito provavelmente seu trabalho estará orientado a resultados. Logo, a estruturação de um programa que instigue o compartilhamento de ideias e a atuação dinâmica poderia ser um ótimo começo para melhorar os níveis de engajamento e, à vista disso, suscitar a retenção de profissionais qualificados.
Além disso, encorajar a inovação e a criatividade também é uma ação estratégica. A vivência setorial permite que cada liderança tenha uma visão única sobre as insuficiências de suas áreas – e, portanto, das possíveis soluções para supri-las. E, claro, esse é um campo demasiadamente fértil para o intraempreendedorismo. A autonomia, o senso de pertencimento e a colaboração assídua nas decisões estratégicas do negócio encontram-se intrinsecamente ligados a executivos comprometidos e envolvidos pelo anseio de projeção de carreira.
Há, ainda, uma terceira forma (e talvez uma das mais realistas no cenário atual): remuneração e benefícios. Considerando a volatilidade do mercado e suas implicações econômicas, uma remuneração compatível torna-se um grande fator de diferenciação e, com certeza, um propulsor da produtividade e do empenho profissional. Os benefícios, por sua vez, caracterizam-se como estratégias sutis, mas que possuem uma influência expressiva nesse contexto, posto que, em sua maioria, servem como uma forma de reconhecimento do valor da liderança para a empresa.
Por fim, as palavras-chave são identificação e autonomia. Se a liderança identificar-se com os propósitos do negócio e sentir-se motivada a contribuir com suas proposições de modo autêntico, o engajamento e a retenção serão efeitos lógicos dessa conjuntura.
Como fomentar o engajamento e a retenção de executivos? | Evermonte Executive Search