Novas variantes do coronavírus, avanço da vacinação e a reabertura do comércio moldaram a forma como o mercado se comportou em 2021. Em reflexo direto ao momento financeiro e sanitário do país, empresários aguardam uma resposta mais ágil da retomada da economia para a criação de novas posições nas empresas.
Enquanto isso, a recuperação lenta da economia recrudesce a necessidade das vagas dos conselhos administrativos empresariais serem preenchidas com agentes capazes de atuar com eficiência em um momento crítico como o atual. Com o cenário para 2022 delineado, as tendências de recrutamento executivo, remunerações e posições toma forma. Confira a seguir as principais perspectivas para o próximo ano de acordo com os líderes e headhunters da Evermonte:
O turnover vai continuar alto
Em resposta à aderência de uma parcela do mercado brasileiro ao modelo de trabalho remoto ou híbrido, a busca por mão de obra qualificada por meio do recrutamento executivo em qualquer parte do território brasileiro continua forte. Em contrapartida, tamanha flexibilidade contribui também para o aumento do turnover, taxa que indica a rotatividade de colaboradores de uma empresa em um período de tempo.
Antes, executivos(as) com hard e soft skills aprimoradas concentravam-se no sudeste e agora, com as relações de trabalho mais fluidas, empresas das demais regiões do Brasil têm mais facilidade de fazer o recrutamento executivo, já que podem encontrar e contar com especialistas que antes ficavam restritos às localizações das empresa.
Assim, as barreiras geográficas são postas de lado pelos headhunters durante o recrutamento executivo que levará ao nome ideal para a vaga. Os candidatos(as), por sua vez, podem considerar propostas de empresas distantes da moradia atual sem ter que necessariamente mudar de endereço pelo trabalho.
Hoje, a taxa de turnover de 1 ano para um novo executivo(a) dentro da companhia está na média de 14%, podendo chegar a valores mais elevados. Inclusive, a posição que tem o maior turnover nas posições de alta gestão, depois da área de tecnologia, é a posição do CEO, que pode chegar a taxas superiores a 20% em empresas que estão fazendo o processo de recrutamento executivo para contratação do primeiro CEO e que ainda estão estruturando a sua governança.
Já na Evermonte, apenas 1,4% dos executivos(as) que aceitam um projeto optam por sair da companhia no prazo de 1 ano. Comparar tais taxas demonstra sobretudo a eficácia da contratação de executivos por meio de recrutamento especializado, aplicada de forma prática em nosso próprio negócio.
A busca por high potentials será intensificada
Profissionais que têm grande potencial de desenvolvimento, mas ainda contam poucas entregas expressivas serão alvo da atenção dos headhunters. Esta tendência se dá exatamente pelo aumento do turnover, que obriga os especialistas de recrutamento executivo a abrir mais o leque de possibilidades para encontrar o candidato(a) ideal. Além disso, o aumento da procura de candidatos high potentials culmina em uma escalada de remunerações.
Contudo, a remuneração crescente é uma questão que precisa ser olhada com cautela por poder gerar impasses para CEOs. O sócio e líder da área de finanças da Evermonte, Artur de Castro, explica: “Remuneração alta é uma faca de dois gumes. Se você tem uma remuneração elevada, em um momento de crise você pode ficar mais caro que o mercado.
Ao ficar mais caro que o mercado, existem dois problemas. O primeiro é que, em momentos de dificuldades financeiras, um dos primeiros cortes da empresa é feito dentro do núcleo com remunerações mais elevadas: o dos executivos.
Já o segundo ponto reside em uma desconfiança do mercado sobre a remuneração a ser dedicada ao profissional que já experimentou salários muito elevados. O sentimento da empresa tende a ser de que o executivo(a) irá deixar o posto se for alvo do recrutamento executivo de outra companhia com oferta salarial mais atrativa.”, explicita Artur.
Ainda segundo o sócio da Evermonte, Artur, na perspectiva da empresa, reside o temor de que, com a recuperação do mercado, uma nova proposta de salário mais vultoso surja e culmine na saída do executivo(a). Logo, essa demissão voluntária afeta diretamente o curso das estratégias que estavam em andamento, no custo da empresa e nas projeções futuras.
Incentivos de Longo Prazo entram no horizonte
Os ILPs, ou Incentivos de Longo Prazo, começam a ser realidade para os executivos de alta performance. Estes incentivos vêm como uma alternativa mais dispendiosa para a empresa, como uma fatia de participação no negócio. Em contrapartida, o executivo(a) se “fideliza” com a companhia, sendo esta uma forma da empresa assegurar a permanência do colaborador.
As bonificações e ILPs variam de acordo com diversos critérios, como posição ocupada, tempo de permanência em um posto e resultados. Esses modelos têm se tornado cada vez mais complexos, com modelos de Phantom Shares, Stock Options, Equity e entre outros modelos. Este ano, a Evermonte disponibilizou a Pesquisa de Remuneração Diretoria Executiva 2021, que descreve o valor médio dos ILPs para diferentes cargos executivos, disponível neste link.
Para 2022 a Evermonte irá desenvolver uma pesquisa atualizada a respeito das remunerações das posições mais elevadas dentro das empresas brasileiras. Inscreva-se em nossa newsletter para receber o material em primeira mão.
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