Em 2020, a pandemia do Covid-19 gerou um impacto significativo na economia do País. Porém, com a retomada da economia no Brasil em 2021, onde o mercado projeta uma elevação de 4,36% do PIB, alguns setores significativos estão voltando às atividades.
Este novo panorama pode ser creditado em parte ao retorno do consumo, onde um dos principais responsáveis por este resultado é o setor agrícola, com um incremento no primeiro trimestre de 5,7% em relação ao período anterior.
Para que estes resultados continuassem subindo, algumas companhias viram a necessidade de aprimorar ou até mesmo reestruturar seu modelo de negócio por meio de suas posições executivas.
Com base nos últimos projetos que conduzimos, compilamos as 7 posições executivas que se destacaram no primeiro semestre de 2021.
Posições Executivas em Finanças
Dentro da área de finanças, tivemos dois tipos de posições executivas em destaque no último semestre quando falamos em Diretoria Financeira.
O primeiro foi de CFOs de empresas tradicionais, que iniciaram novas estratégias no mercado financeiro e o segundo é de CFOs de empresas vinculadas à fundos de private equity, que estão crescendo de forma acelerada.
CFO de empresas tradicionais
Atualmente, o mercado financeiro está mais atrativo e com maior facilidade no início de seu IPO (Inicial Public Offer).
Essas empresas tradicionais, normalmente utilizavam pouco do seu relacionamento bancário para obter recursos e sempre tiveram uma linha conservadora no aspecto financeiro.
Com uma maior facilidade e desmistificação do mercado de capitais, alguns acionistas começaram a aproveitar esse momento para iniciar um relacionamento com o mercado financeiro mais profundo, a fim de, talvez, no futuro, abrir o seu capital.
O principal desafio do CFO de uma empresa familiar é preparar a estrutura da empresa, tanto em aspectos contábeis quanto de Compliance para um momento de abertura de capital.
Essas companhias começam a se movimentar para uma abertura de capital, mas encontram dificuldades culturais. O desafio não é caixa, isso elas tem, é uma cultura de negócio do setor financeiro não ser uma área de suporte e sim uma área parceira do negócio.
Remuneração Média Anual: de R$750.000,00 à R$1.000.000,00. *Essa média trata-se da remuneração de curto prazo (salário fixo e bônus de curto prazo), não envolvendo os Incentivos de Longo Prazo (Stock options, phantom Options e entre outros).
Caso queira saber mais sobre as remunerações de CFO’s, acesse aqui
CFO – Venture Capital & Private Equity
Atualmente o mercado de M&A (de fusões e aquisições) opera em níveis recordes. Segundo a consultoria financeira Duff & Phelps, o número de transações aumentou 71% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Isso impacta diretamente na aceleração das companhias financeiras vinculadas à startups, pois permite às empresas captar recursos para expandir seus negócios.
Estruturação de orçamentos robustos, por exemplo pela metodologia GMD, desenvolvimento de áreas contábeis internas respeitando as regras da Lei 11638 são alguns dos atributos desejados quando tratamos de startups que estão passando por um momento de crescimento.
O principal desafio da posição executiva de Diretoria Financeira vinculada à startups é a estruturação de uma área financeira mais robusta, com uma área de planejamento mais segmentada.
Normalmente o CFO, nesse tipo de companhia, acumula um papel estratégico, pois ele é o braço direito do CEO para tomadas de decisões (tradicionalmente o CEO é uma pessoa de produto ou comercial) e ao mesmo tempo é os olhos do fundo de investimento dentro da companhia.
Tratamos como Scale Ups as companhias de tecnologia, com negócios escaláveis e que possuem um faturamento de até R$150M.
Remuneração Média Anual: de R$ 382.000,00 à R$807.000,00 *Essa média trata-se da remuneração de curto prazo (salário fixo e bônus de curto prazo), não envolvendo os Incentivos de Longo Prazo (Stock options, phantom Options e entre outros).
Posições Executivas em Tecnologia e Inovação
As posições executivas das áreas de Tecnologia e Inovação acabaram sendo pouco impactadas ao longo dos primeiros meses de 2021.
Mercados como telecomunicações, games e alta tecnologia como um todo, mantiveram-se em movimento de expansão independente da crise. Em paralelo, mercados como varejo e serviços financeiros aceleraram seus investimentos nas áreas de tecnologia.
CTO (Chief Technology Officer)
A posição executiva de CTO se destacou devido à alta demanda de companhias que nasceram digitais, por lideranças com o foco na criação, atualização e evolução de produtos correntes.
O CTO normalmente é o líder da área de engenharia de software e construção de soluções baseadas nas demandas de produto e dos clientes.
Por isso, um dos principais desafios dessa cadeira é a construção de novos produtos e/ou evolução contínua dos produtos já existentes geradores de receita da companhia.
Remuneração Média Anual: de R$ 670.000,00 à R$ 1.300.000,00
CIO (Chief Information Officer)
O CIO é o executivo(a) responsável por liderar as áreas de sistemas, aplicações, segurança, infraestrutura e governança de TI em empresas de média e grande porte.
Notamos um destaque nesta posição executiva pois as companhias entenderam a necessidade de continuar investindo em tecnologia e realizar mudanças na organização de TI independentemente do cenário externo, acelerando os processos de otimização e transformação digital.
O principal desafio do CIO é otimizar tecnologicamente o negócio das empresas , seja via melhoria de infraestrutura e/ou implementação de novos sistemas automatizados para que a empresa aumente sua performance e competitividade.
Remuneração Média Anual: de R$ 650.000,00 à R$ 1.200.000,00
Diretoria de CX (Customer Experience)
Assim como as posições executivas de CIO e CTO citadas anteriormente, a cadeira de Diretoria de CX (Customer Experience) vem sendo extremamente demandada.
Mesmo sendo uma cadeira relativamente nova (devido à evolução do conceito anterior de atendimento e serviços para o atual Customer Experience), atualmente a grande maioria das companhias buscam orientar seu foco principal no cliente.
Dessa forma, demanda um investimento em líderes especialistas em CX para garantir processos mais aderentes às necessidades reais dos clientes.
Aprimorar a jornada do cliente junto a companhia é o principal desafio do executivo(a) líder de Customer Experience, desde o topo do funil de negócios até a fidelização do cliente final, tanto em canais online como offline.
Remuneração Média Anual: de R$ 500.000,00 à R$ 1.050.000,00
Head de Supply Chain e Logística
Com a retomada gradual do mercado, movimento que vem acontecendo desde janeiro de 2021, o volume da demanda comercial das empresas aumentou e em paralelo enormes desafios relacionados à posições executivas de suprimentos surgiram Dessa forma, a cadeira de Head de Supply Chain destacou-se, pois foi necessário repensar toda a cadeia de fornecimento e suprimentos das empresas para manter os indicadores de performance operacional em alta.
O desafio da liderança executiva de Supply Chain é analisar valores e níveis de serviço em novos fornecedores para retomar adequados níveis de abastecimentos da companhia, especialmente no cenário de câmbio atual, onde o dólar subiu consideravelmente.
Quando falamos no aspecto de Logística, também devido a retomada da economia e o incremento de transações online, foram necessários novos modelos de distribuição, tanto no âmbito de logística inbound quanto outbound.
Remuneração Média Anual: de R$ 640.000,00 à R$ 1.100.000,00
Posições Executivas em Vendas e Marketing
As posições executivas de Vendas e Marketing passaram por um grande processo de mudança durante a pandemia do Covid-19 e suas cadeiras de liderança foram desafiadas mais do que nunca durante este processo.
Gerente Executivo de Marketing
A posição de Gerente Executivo de Marketing esteve em alta no último semestre ainda por reflexo das mudanças da pandemia, já que diversas marcas precisaram iniciar formas diferentes de se comunicar com seu público-alvo.
O contato em pontos de venda foi extremamente reduzido com o lockdown. Dessa forma, o executivo(a) de marketing precisou organizar melhor a equipe para focar em estratégias principalmente no digital.
Um dos principais desafios para esta cadeira foi a mudança da forma de trabalho, que precisou ser muito mais voltada para ações digitais com foco no retorno sobre investimento (ROI) e geração de leads para suprir a ausência das vendas em lojas físicas.
Remuneração Média Anual: R$300.000,00 à R$450.000,00
Diretor de Novos Produtos e Inovação
As companhias começaram a entender que seria mais interessante trazer uma liderança sênior para iniciativas de inovação, criando equipes estruturadas para realizar as tarefas de forma mais assertiva.
Assim, é possível evitar dependência da área comercial, trazendo processos e ferramentas próprias para que a equipe possa contribuir com geração de receita de forma rápida e a longo prazo.
O principal desafio do executivo(a) de Novos Produtos e Inovação foi o suporte à inovação e saber lidar com um forte aumento da procura por produtos digitais, que deixou evidentes falhas de sistemas que não conseguiram acompanhar a demanda.
Tornou-se necessário desenhar e implementar a arquitetura de processos para dar suporte às iniciativas de inovação e aumento da demanda por produtos digitais.
Remuneração Média Anual: R$600.000,00 à R$800.000,00
Artur de Castro é bacharel em Ciências Econômicas pela PUC/RS e possui MBA’s nas áreas de Controladoria, Auditoria e Gestão Comercial pela FGV. Atualmente é sócio da Evermonte Executive Search e lidera as áreas de Finance, Compliance & Banking.
Felipe Ribeiro é bacharel em Engenharia pela PUC/RS, investidor e sócio da Evermonte Executive Search e lidera as áreas de Cultura, Inovação e Tecnologia.
Guilherme Abdala é Administrador de Empresas com ênfase em Marketing, especialista em Gestão Empresarial pela UFRGS. Atualmente é sócio da Evermonte Executive Search e lidera as áreas de Vendas e Marketing.
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