As macrotendências que irão tirar o sono dos CEOs em 2025 | Evermonte Executive Search
Ao passo que 2025 se aproxima, os CEOs e líderes empresariais se encontram diante de desafios que, há poucos anos, pareciam distantes. O ritmo acelerado das mudanças tecnológicas e sociais, somado à crescente complexidade global, está virando o mercado de cabeça para baixo. Para os CEOs, essa nova realidade exige muito mais do que simples ajustes — é uma questão de sobrevivência e liderança em um cenário de contínuas transformações. Assim, frente a transformações dos mais distintos níveis, quais serão as macrotendências que irão tirar o sono dos CEOs no próximo ano?
De eventos climáticos imprevisíveis até a escassez crescente de profissionais qualificados, o ambiente empresarial exige uma adaptação constante. O futuro é desafiador, mas para aqueles que estão preparados, ele também é extremamente promissor.
Impacto dos eventos climáticos
Em 2025, espera-se que os eventos climáticos extremos — como inundações, secas e incêndios florestais — continuem a aumentar em frequência e intensidade. Para os CEOs, o impacto pode ser devastador: desde interrupções na cadeia de suprimentos até danos diretos à infraestrutura e perda de receitas. Um estudo recente da Swiss Re apontou que, até 2040, as perdas econômicas globais relacionadas ao clima poderão atingir US$ 23 trilhões.
Além das perdas financeiras, há a crescente pressão de investidores e consumidores por respostas claras e ações práticas. As empresas que não estiverem dispostas a se adaptar correm o risco de perder relevância em um mercado que cada vez mais valoriza práticas ambientais sustentáveis. O desafio, então, está em como transformar o cenário de crise em uma oportunidade de estruturar uma imagem positiva em relação à atuação da companhia frente a eventos dessa natureza.
Algumas organizações estão liderando esse movimento. Empresas como a IKEA e a Unilever passaram a investir na criação de cadeias de suprimentos mais resilientes ao clima e na adoção de práticas que minimizam sua pegada ambiental. Contudo, na prática, iniciativas como essas são exceções, e a maioria dos CEOs ainda enfrenta a difícil tarefa de equilibrar crescimento econômico com sustentabilidade. E ignorar essa realidade pode custar caro.
Escassez de profissionais
A “guerra por executivos” já é uma realidade em 2024, mas a expectativa é que ela se intensifique ainda mais em 2025. O avanço acelerado da tecnologia, combinado à crescente demanda por competências especializadas em áreas como Inteligência Artificial, engenharia de dados e sustentabilidade, tem criado um verdadeiro déficit global de lideranças. Um estudo recente do Fórum Econômico Mundial sugere que, até 2030, o mundo enfrentará uma escassez de 85 milhões de profissionais – e a alta gestão não ficará de fora. Para os CEOs, essa escassez representa uma ameaça direta à inovação e ao crescimento. Empresas que não conseguirem atrair e reter as melhores pessoas estarão em desvantagem competitiva.
Um exemplo interessante vem da Microsoft, que lançou uma iniciativa global de requalificação, prometendo treinar mais de 25 milhões de pessoas em habilidades digitais até 2025. Empresas como a Amazon, cuja cultura é pautada pelo lifelong learning, também estão investindo em programas robustos de upskilling, permitindo que seus funcionários desenvolvam novas habilidades e permaneçam nas companhias.
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A nova workforce
A força de trabalho de 2025 não será composta apenas por uma nova geração de nativos digitais, mas o mercado já sente os impactos dessa transformação. A entrada gradual desses profissionais está moldando um cenário de mudanças que se intensificará nos próximos anos. À medida que essas pessoas assumem posições de liderança, testemunharemos uma evolução significativa nos modelos de gestão. Isso exigirá um planejamento estratégico para definir quem estará à frente da diretoria executiva, especialmente em organizações com estruturas hierárquicas tradicionais, que deverão repensar seus modelos para se adaptar a esse novo status quo.
É preciso equilibrar produtividade, colaboração e inovação enquanto se ajustam às expectativas de uma geração que prioriza propósito e alinhamento cultural. A questão que tira o sono dos CEOs vai além de reter talentos da nova workforce: como liderar e manter a relevância organizacional em um ambiente moldado por mudanças constantes?
Complexidade geopolítica
Com o aumento de tensões entre grandes economias e a fragmentação de blocos comerciais, os CEOs também enfrentam desafios sem precedentes na gestão de suas operações internacionais. Em 2025, essas incertezas políticas e econômicas poderão impactar em grande escala, desde a cadeia de suprimentos até a regulamentação de mercado.
Um exemplo claro é a crescente regionalização das cadeias de suprimento, já que muitas empresas estão buscando diminuir sua dependência de fornecedores em regiões politicamente instáveis. A Apple, por exemplo, começou a diversificar sua produção, movendo parte de suas operações da China para a Índia e outros países do Sudeste Asiático. Isso visa mitigar os riscos de interrupções causadas por tensões comerciais entre grandes potências.
Para os CEOs, o desafio será equilibrar a globalização com a demanda por resiliência. As empresas precisarão adotar estratégias mais ágeis e flexíveis, diversificando suas operações e mantendo um olhar atento às mudanças nas políticas globais. Aquelas que forem capazes de antecipar movimentos geopolíticos e adaptar suas operações estarão melhor posicionadas para mitigar riscos e aproveitar oportunidades em novos mercados.
Liderar em um mundo em constante mudança exige mais do que reações rápidas, é preciso visão, coragem e a habilidade de transformar incertezas em oportunidades. E quem estiver disposto a abraçar essas mudanças agora será o CEO que terá noites de sono mais tranquilas em 2025, sabendo que sua empresa está preparada para prosperar em meio ao imprevisível.
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