Por que 2024 é o ano do equilíbrio das soft skills? | Evermonte Executive Search
Em uma de nossas últimas pesquisas, realizamos um levantamento acerca das soft skills mais importantes para 2024 no mercado executivo. No Top 5, estão orientação a resultados (11,47%), inteligência emocional (11,19%), comunicação e escuta ativa (10,91%), agilidade (10,62%) e resiliência (10,62%). No ranking completo, outras competências também se destacam, mas a principal novidade é que a criatividade encontra-se em último lugar, com 5,81%, cedendo espaço a habilidades como tomada de decisões, negociação e pensamento crítico.
Isso se reflete, sobretudo, na procura por líderes que consigam acompanhar esse movimento de maneira assertiva. Nesse sentido, gestores que pretendem se movimentar ainda este ano precisam estar cientes de que a multidisciplinaridade será, mais do que nunca, uma grande vantagem competitiva. No que se refere à orientação a resultados (a principal demanda das organizações de acordo com o estudo Executive Market Outlook 2024), o que se percebe, na prática, é um anseio coletivo por lideranças capazes de direcionar seus esforços de forma estratégica.
As empresas não estão (ou não deveriam estar) buscando profissionais generalistas, mas sim, gestores que realmente saibam delinear quais caminhos precisam ser percorridos para alcançar o objetivo do negócio – e que façam o que for necessário para atingi-lo.
A inteligência emocional também tem ganhado grande relevância nos últimos tempos, principalmente pelas novas configurações e redesenhos do contexto corporativo. Antes, a liberdade de expressão era restrita a uma parte muito específica da companhia, com poucas aberturas para contribuições externas. Hoje, por outro lado, esse cenário vem se modificando e dando espaço para o diálogo contínuo. Mas, para lidar com a integração entre distintas ideias (e pessoas), a capacidade de identificar e exprimir emoções de modo lógico e coerente é imprescindível para os gestores que desejam se movimentar.
A comunicação e escuta ativa, por sua vez, sempre foi uma competência de extrema importância para o mercado. Não há como liderar uma equipe sem uma boa comunicação para interligar todas as partes. E não há como fomentar o engajamento e a produtividade se, para além de uma boa comunicação, não houver escuta ativa. Os problemas precisam ser ouvidos para serem solucionados, e é por isso que essa soft skill encontra-se no Top 3 de 2024: com a evolução dos modelos de governança e a horizontalização das estruturas hierárquicas, saber falar (ou, mais ainda, fazer-se compreender) e saber ouvir podem ser competências decisivas para quem está no mercado de trabalho.
Os outros dois tópicos (agilidade e resiliência) estão fortemente conectados. O primeiro decorre de um panorama mundial cada vez mais orientado a culturas ágeis – isto é, novos modelos de gestão, estruturados com base na colaboração e cooperação intersetorial para reduzir a autocracia e fomentar a performance. Em um sentido mais individualizado, também é possível compreender a agilidade como a habilidade de reagir de forma rápida e adequada a situações que possam surgir ao longo do caminho.
A resiliência diz respeito não apenas a um processo de lifelong learning (ou, em outros termos, aprendizado contínuo), mas, sobretudo, ao know-how da liderança para se adaptar a contextos adversos a partir de diferentes perspectivas sem se desestabilizar De acordo com uma recente matéria publicada pela Forbes, profissionais com alta resiliência são duas vezes mais propensos ao sucesso, o que corrobora ainda mais a demanda por um perfil guiado pela adaptabilidade.
Assim, o que as empresas estão procurando, de fato, são profissionais que consigam traduzir seus objetivos de negócio de maneira clara e cognoscível. E isso só será viável com equilíbrio. A ascensão da orientação a resultados, inteligência emocional, comunicação eficaz, agilidade e resiliência delineiam um panorama onde a capacidade de adaptação e a competência interpessoal são pilares substanciais para a projeção de carreira.
E, enquanto as demandas corporativas evoluem e as estruturas organizacionais se transformam, os líderes do futuro serão aqueles que conseguirem integrar essas competências, garantindo não apenas o alcance dos objetivos empresariais, mas também o bem-estar e o crescimento de suas equipes.
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