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ESG: liderança com propósito para transformar empresas

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Empresas com boas práticas ESG estão um passo à frente. Para atender a esses novos requisitos, cada membro da equipe de liderança deve compreender a intersecção dos pilares da ESG e reconhecer as formas de ajudar a empresa a atingir suas metas estabelecidas. Encontrar esses profissionais no mercado também tem se mostrado um desafio e tanto, pois todos precisam estar atentos a esse tema pulsante.

O propósito e as questões de ESG –  ambientais, sociais e de governança – representam desafios críticos tanto para os conselhos quanto para as equipes executivas. Elas se tornaram particularmente notáveis desde a pandemia do COVID-19, que forçou as empresas a examinarem suas responsabilidades e papel na sociedade.

Responder a essa associação do propósito com as questões do ESG contribui para que os líderes se concentrem no que é mais importante para suas organizações. No momento em que nos encontramos, em termos do que os líderes de habilidades precisam agora – talvez eles não precisem ser bons gestores, mas sim ser bons descobridores de propósitos.

No Brasil, as empresas e investidores ainda estão nos primeiros passos da jornada ESG, mas é uma tendência cada dia mais concreta e um caminho sem volta. Investidores locais estão cada vez mais interessados em aportar nas empresas que incorporam ações alinhadas à ESG em suas cadeias produtivas. Segundo a pesquisa “A evolução do ESG no Brasil”, da Rede Brasil do Pacto Global e da Stilingue, de 2021, 78% da geração dos millennials e 84% da geração Z declaram optar por este tipo de investimento. E no ano de 2020 a discussão deste tema cresceu sete vezes mais, em relação ao ano anterior. E em 2022, 74% das empresas com ações na Bolsa planejam aumentar o orçamento destinado a ESG – dados da Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI).

ESG no dia a dia

Para incentivar a adoção de projetos no país, é fundamental que haja um maior engajamento do mercado como um todo. O papel de todos os atores é relevante no sentido de balizar as melhores práticas, indicando quais são os anseios e tendências que devem receber investimentos.

As empresas já estão colocando o ESG no seu dia a dia. A Vivo, que lançou o seu relatório de sustentabilidade 2020, conta todos os pontos de ESG nas mais de 100 páginas de relatos. Outro exemplo é a Klabin que, além das várias ações que realiza, criou indicadores específicos atrelados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. Estas e muitas outras empresas estão inserindo a temática diariamente nos objetivos, metas, processos.

À medida que as empresas aumentam seu foco em questões do ESG, tanto a composição quanto às responsabilidades das equipes de liderança estão mudando. Esse movimento tem levado a um aumento na demanda por executivos para ajudar a impulsionar e implementar iniciativas ESG, com funções como Chief Diversity Officers, Chief Impact Officers e Chief Purpose Officers aparecendo com mais frequência em equipes de liderança de organizações em todos os setores.

Embora essas funções sejam essenciais para a abordagem de uma empresa em relação a ESG, elas não são as únicas responsáveis ​​pelo progresso nessas questões. Na verdade, o sucesso dos compromissos de uma empresa depende de toda a equipe de liderança sênior.

Os clientes também fazem escolhas no mercado com base no propósito e na sustentabilidade

Essa pressão para focar em ESG e propósito vem de todos os lados – investidores, clientes, funcionários. Segundo Robin Nuttall, da McKinsey & Company, houve uma mudança nas atitudes das partes interessadas. Comece com os funcionários: 70% agora exigem trabalho com propósito. Eles querem que a empresa em que trabalham tome uma posição forte em questões sociais.

Os clientes também estão fazendo escolhas no mercado com base no propósito e na sustentabilidade. A geração dos millennials e a geração Z têm atitudes muito diferentes em relação ao propósito dos baby boomers e são muito mais favoráveis ​​a negócios sustentáveis. Depois, há o espaço crítico do investidor.

As empresas precisam fazer trade-offs para criar práticas mais sustentáveis, seja fazendo investimentos ou abrindo mão de oportunidades de negócios. O portfólio de produtos precisa refletir o seu propósito. Um bom exemplo é o caso da CVS Pharmacy, drogaria americana, que deixou de vender tabaco ao adotar um propósito voltado para a saúde. Focar em pessoas e cultura também é essencial, convergindo as decisões de recrutamento e promoção. Até mesmo os processos e sistemas que estão sendo incorporados em sua cadeia de suprimentos e alocação de capital precisam de um propósito. 

Nesse cenário, alinhar recompensa e incentivo aos executivos com o propósito corporativo é indispensável. Robin Nuttall, ainda aponta que 29% das empresas agora incluem várias métricas ESG em seus planos de incentivo, contra 22% um ano atrás. As áreas com foco mais forte são as métricas sociais, como diversidade e inclusão, com mais de 88% das empresas incluindo remuneração a métricas sociais e de pessoas.

Qual é o seu propósito?

Os líderes empresariais muitas vezes lutam para comunicar o propósito de suas empresas e o ESG de uma forma que os investidores reconheçam e recompensem.  Os investidores e consumidores querem entender por que seu propósito é importante. Você precisa articular como pode ajudar a resolver de forma lucrativa um conjunto de problemas relacionados às pessoas ou ao planeta.

Seus compromissos ESG fluem dessa articulação. As empresas acham difícil se conectar com investidores se começarem com ESG sem que essas iniciativas estejam ancoradas em sua razão de existir. Os investidores precisam entender por que você está buscando compromissos ESG. Muitas vezes você encontra organizações perseguindo os grandes problemas ESG mais recentes. As empresas inteligentes se ancoram em um propósito e seus compromissos ESG o seguem.

Onde deve residir a responsabilidade de guiar essa jornada de propósito? As empresas devem nomear diretores ESG que se reportam ao CEO? Este é um tópico em nível de CEO. O CEO é a única pessoa que pode integrar o propósito em toda a organização e assumir a liderança de projetar o propósito em ESG.

É claro que você precisa desenvolver a estratégia e as comunicações ESG, e algumas empresas estão nomeando diretores ESG ou diretores de sustentabilidade que geralmente se conectam com o governo e assuntos públicos. Esse é um portfólio cada vez mais comum na mesa da alta administração. Mas é fundamental que os líderes das unidades de negócios estejam envolvidos e defendam isso. O mais eficaz no nível operacional é que os diretores de sustentabilidade atuem como pontos de articulação, mas desenvolvam o propósito e o ESG em conjunto com os líderes das unidades de negócios.

Esse é um processo de aprendizado constante, uma nova forma de gerir os negócios, não pensando somente na lucratividade a qualquer preço e a qualquer custo. Até o tradicional bônus das metas está sendo alterado, como exemplo disso temos a Duratex, que atrelaram 10% da remuneração variável de executivos às metas ESG da empresa.

Estes são os novos tempos pós-pandemia que precisaremos mudar de vez, o tradicional mindset com somente um foco e de processos lineares. Os recrutadores precisam estar preparados para isso, e a Evermonte está aqui para atuar como mediadora entre a implementação do ESG e a liderança ideal para ocupar o cargo necessário.

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