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Como mitigar possíveis conflitos na decisão de quem ocupará a posição de CEO em empresas familiares

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Como evitar conflitos na escolha do CEO em empresas familiares | Evermonte Executive Search

Escolher o próximo CEO é uma das decisões mais importantes para qualquer empresa. Mais do que uma simples escolha de liderança, essa decisão influencia a cultura, a estratégia e o futuro do negócio. Mas, enquanto uma escolha assertiva pode abrir caminhos para o crescimento e a inovação, a busca por consenso nesse processo muitas vezes vem acompanhada de tensões e conflitos internos.

Afinal, por que essa escolha costuma ser tão complexa? De um lado, há os que defendem a continuidade e querem alguém que preserve a cultura organizacional; de outro, aqueles que desejam inovação e buscam uma visão nova, geralmente representada por alguém de fora. Em momentos como esse, compreender o contexto da empresa, avaliar os potenciais sucessores e manter um processo transparente são passos essenciais para garantir uma transição equilibrada e construtiva.

Analisar a realidade da companhia

O primeiro passo para tomar essa decisão de forma estratégica é entender o momento atual da companhia. Cada empresa tem sua própria dinâmica, e o contexto no qual ela se encontra pode indicar qual perfil de CEO trará melhores resultados a médio e longo prazo. Alguns pontos que devem ser considerados para uma análise sólida:

a) A companhia está em um estágio de crescimento, estabilização ou transformação?

b) Como está a situação financeira da empresa?

c) O que a empresa pretende alcançar nos próximos 5 a 10 anos?

Levar em consideração esses fatores ao definir o perfil do próximo CEO é fundamental para uma escolha bem-sucedida. Cada uma dessas variáveis — estágio de maturidade, saúde financeira e metas de longo prazo — influencia diretamente o tipo de liderança que a empresa precisa. A escolha alinhada a esses aspectos aumenta as chances de uma transição harmoniosa, com uma liderança apta a conduzir a empresa rumo ao seu futuro desejado.

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Sucessores internos ou um líder externo?

Depois de mapear o cenário atual da empresa, surge uma questão importante: o novo CEO será alguém de dentro ou de fora da companhia? Cada opção tem seus prós e contras, e a escolha deve ser realizada com base nas necessidades e prioridades específicas do momento.

Para muitas empresas, promover alguém da casa pode ser uma excelente alternativa. Esses candidatos já conhecem a cultura, os valores e os processos, e têm a confiança do time. Empresas familiares, em especial, costumam valorizar essa continuidade e a experiência que vem com os laços internos. No entanto, essa escolha pode ser limitada pela falta de uma visão externa que traga inovação e novos insights ao negócio – e aqui entra o equilíbrio advindo do desenvolvimento contínuo.

Um CEO externo, por outro lado, pode trazer uma nova perspectiva, insights sobre o mercado e estratégias inovadoras. Esse perfil tende a ser vantajoso em empresas que buscam reinventar-se ou que enfrentam desafios que exigem uma visão diferenciada. Contudo, o processo de adaptação à cultura organizacional pode ser mais complexo e exige um planejamento robusto para que a integração seja bem-sucedida.

Uma abordagem equilibrada exige definir alguns critérios-chave para o perfil ideal do CEO, considerando pontos como: capacidade de liderar em tempos de transformação, alinhamento com os valores da empresa e uma visão holística em relação aos objetivos de negócio. Essa análise vai além das competências técnicas e deve incluir human skills como resiliência, empatia e habilidade de comunicação — características cada vez mais valorizadas em líderes de alto escalão.

Mitigando conflitos e facilitando o processo de decisão

Um aspecto fundamental na escolha de um novo CEO é a habilidade de mitigar conflitos e construir consenso – ou o mais próximo disso. As tensões surgem, principalmente, quando diferentes stakeholders têm opiniões divergentes sobre o que é melhor para o futuro da empresa. Então, como promover uma escolha harmoniosa?

a) Identificar quem são os principais interessados no processo de escolha do CEO é essencial. Acionistas, membros do conselho e colaboradores-chave na organização têm expectativas e interesses variados. Reconhecer essas diferenças e compreender as motivações por trás de cada posição facilita uma comunicação mais clara e a busca por consenso.

b) A transparência é fundamental para construir confiança ao longo do processo. Compartilhar os critérios de avaliação e manter os stakeholders informados sobre as etapas ajuda a reduzir conflitos e a promover uma cultura de respeito e engajamento. Quando todos entendem como e por que cada decisão é tomada, o processo ganha ainda mais legitimidade e, portanto, torna-se mais fácil de aceitar.

c) Conselhos consultivos ou mediadores neutros podem desempenhar um papel importante em situações de conflito. Esses profissionais, com sua imparcialidade, ajudam a guiar as discussões e facilitam o entendimento entre as partes, contribuindo para uma escolha que seja equilibrada.

Empresas que adotam essas práticas de forma consistente costumam colher os frutos de um processo de transição de liderança mais fluido e bem-sucedido. Quando a comunicação é aberta e as expectativas são alinhadas, o processo se torna menos desgastante e mais focado em resoluções efetivas.


Um processo de decisão bem estruturado, que analisa o contexto atual, equilibra as vantagens dos candidatos internos e externos e promove a transparência, é a base para uma transição harmoniosa e uma liderança de sucesso. E essa não é apenas uma decisão momentânea: é um legado que será deixado para as futuras gerações da empresa.

Leia mais em: Como se tornar um candidato de alto potencial para a posição de CEO?

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