Como gerenciar um colaborador de baixo desempenho em uma empresa familiar? | Evermonte Executive Search
Gerenciar colaboradores de baixo desempenho em uma empresa familiar exige sensibilidade e estratégia, tendo em vista que laços emocionais e relações pessoais tendem a se misturar com as decisões de negócios. E, sem políticas claras de recursos humanos, o ambiente pode facilmente se tornar subjetivo e inconsistente. O resultado? Decisões influenciadas mais pela proximidade familiar do que por critérios de desempenho. No entanto, com algumas práticas bem estabelecidas, é possível reverter esse quadro e implementar uma gestão de pessoas justa e equilibrada.
Defina hierarquia e metas
O primeiro passo é garantir uma estrutura organizacional clara, que defina hierarquias e metas bem fundamentadas. Em um ambiente onde as fronteiras entre o profissional e o pessoal podem ser tênues, uma definição precisa de papéis e responsabilidades é imprescindível. Segundo o PwC Family Business Survey de 2023, 66% das empresas familiares que implementam hierarquias claras relatam melhorias significativas na eficiência. Além disso, estabelecer metas baseadas em KPIs, por exemplo, ajuda a trazer objetividade ao processo de avaliação.
Realize avaliações de desempenho
Outro ponto importante é adotar avaliações de desempenho baseadas em métricas quantificáveis. Isso não só elimina a subjetividade do processo como permite identificar com precisão onde os colaboradores precisam melhorar. Dados da Deloitte indicam que 75% das empresas que seguem essa prática observam uma maior satisfação dos colaboradores, o que resulta em maior engajamento e produtividade.
Estabeleça diretrizes formais de avaliação
Mas, para além da avaliação, é fundamental que a empresa adote diretrizes formais de gestão de desempenho. As empresas que formalizam essas práticas relatam uma redução significativa nos conflitos internos, o que ajuda a criar um ambiente mais harmônico. E, quando essas diretrizes são seguidas à risca, todos, desde os membros da família até os colaboradores externos, sabem que estão sendo tratados de forma equitativa e transparente. De fato, segundo a Gallup, 88% das empresas que implementaram políticas documentadas de gestão de baixo desempenho observaram melhorias em relação à retenção de profissionais.
Ofereça incentivos personalizados
Em contrapartida, para colaboradores externos, o segredo é garantir que eles se sintam valorizados e totalmente integrados à cultura da empresa. Uma das formas de alcançar esse objetivo é oferecer incentivos personalizados. Esse tipo de reconhecimento, ajustado às necessidades e aspirações de cada colaborador, pode se tornar um grande diferencial na retenção e no engajamento de executivos. Um estudo da Deloitte mostrou que 78% das empresas que oferecem incentivos adaptados relatam uma retenção significativamente maior de seus colaboradores externos. E essa prática, quando bem aplicada, pode aumentar a produtividade em até 25%.
Estruture um processo de onboarding
Além disso, um processo de onboarding bem estruturado é essencial para o sucesso da integração dos novos colaboradores, especialmente em um ambiente familiar. Personalizar esse processo não só facilita a adaptação do colaborador à cultura e aos valores da empresa, como também cria um ambiente acolhedor desde o início. A Gallup relata que 80% das empresas que oferecem um onboarding adaptado observam uma melhoria expressiva na integração e no engajamento.
Estabeleça um processo de adaptação à nova cultura organizacional
Outro aspecto que não pode ser negligenciado é a adaptação à cultura organizacional. Para que novos colaboradores estejam alinhados à visão da empresa, um processo de integração contínuo e focado pode ser decisivo em termos de adequação cultural. Isso significa avaliar de forma detalhada como as experiências e práticas anteriores do colaborador impactam seu desempenho atual, além de monitorar seu nível de engajamento ao longo do tempo. Identificar as divergências entre a cultura anterior e a nova é fundamental para evitar conflitos e garantir que todos sigam na mesma direção.
Leia mais em: Como construir confiança em empresas de controle familiar?
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A gestão de colaboradores de baixo desempenho em uma empresa familiar requer mais do que sensibilidade e estratégia — exige coragem para romper com o status quo e implementar mudanças profundas. A chave para o sucesso está na capacidade de separar o emocional do profissional, promovendo um ambiente onde o mérito e o desempenho são os principais critérios de decisão. Assim, adotar uma abordagem estruturada, com políticas claras de gestão, permite que as empresas não só preservem seus valores familiares, como também se posicionem de forma competitiva no mercado. É sobre equilibrar tradição e inovação.
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