Em 2020, enquanto as big techs como Amazon e Facebook anunciavam a contratação de mais de 65 mil profissionais especialistas em tecnologia, empresas non-tech dispensavam seus colaboradores para sobreviver à crise, aumentando assim a taxa de turnover. Analogamente, pulsava em alguns experts da inovação o desejo de criar produtos e serviços disruptivos, e essa energia continuava a fortalecer a onda de abertura de startups.
No terceiro trimestre de 2021, o investimento em startups de IA bateu novo recorde global, com US$ 17,9 bilhões direcionados a empresas do ramo. No Brasil, os investimentos na área de tecnologia seguem a tendência global. Segundo o estudo “Performance of the private equity and venture capital industry” divulgado em novembro pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, “o número de investimentos no setor de tecnologia aumentou desde 2010, e desde 2012 ultrapassou o número de investimentos não tecnológicos”. O estudo foi realizado com base em dados sobre investimentos na área de tecnologia desde 1984.
Os dados globais e brasileiros confirmam a orientação da economia para negócios da área tecnológica. Mas a demanda por executivos(as) da tecnologia não parte apenas desta vertente de negócios. Em 2019, antes mesmo do início da pandemia de Covid-19, mais de 40% da demanda de contratação de engenheiros de software e desenvolvedores provinha de companhias fora do setor de tecnologia no mercado de trabalho estadunidense, por exemplo.
Startups, big techs e non-techs competem por profissionais cada vez mais escassos no mercado. Mas, para companhias que veem a transformação digital como uma mudança urgente, o desafio do RH é ainda maior: é preciso atrair profissionais de tecnologia e retê-los, diminuindo o turnover, atividade que hoje requer uma atenção especial frente à competitividade crescente da área e ofertas profissionais cada vez mais vantajosas.
Como diminuir o turnover e reter executivos(as)
Toda empresa possui uma taxa de Turnover e é preciso mensurá-la e compará-la com os índices mais comuns do mercado para descobrir se a rotatividade de colaboradores está ou não dentro da média. Na área de tecnologia, o turnover médio é de 42%. O sócio e líder da área de finanças da Evermonte, Artur de Castro, explica que, um dos tipos mais comuns de turnover é o voluntário, onde o colaborador escolhe se desligar da empresa.
Segundo pesquisa da Gallup, 75% dos turnovers voluntários podem ser influenciados pelas gerências. Mas para entender se este é o motivo de saída dos executivos(as), é preciso fazer uma pergunta básica: por que as pessoas saem da empresa? As respostas fornecidas pela pesquisa são relevantes para identificar as fontes que elevam a rotatividade de pessoas e, a partir dos insights, determinar formas de limitar mais saídas por tais motivos.
Profissionais que têm um rendimento acima da média em determinados nichos, especialmente entre executivos, são também aqueles que desenvolvem habilidades, experiências e conhecimentos distintos da maioria. Mas, para atingir tal nível, também enfrentaram desafios e precisam de autonomia para alcançar sua melhor performance.
Ou seja, para atrair e reter executivos(as), em especial os mais valorizados do mercado, é necessário manter um ambiente que seja propício para novos aprendizados e que dê espaço para autonomia profissional. Uma das formas de conseguir esse engajamento que gera motivação para o time é viabilizar a criação de comitês de pessoas do time de TI com outras squads. Dessa forma, ganha-se na troca de conhecimento, de experiências e promove-se um ambiente de trocas que beneficia colaboradores e companhia, que tende a ver seu turnover diminuir.
Outra opção é o job rotation, que pode ser uma alternativa interessante para que o colaborador do time de TI possa se movimentar para um time distinto, onde ele terá a oportunidade de experimentar como é atuar em uma nova frente, mas contribuindo com conhecimentos técnicos de sua área de atuação.
Além disso, para trabalhar a retenção de executivos(as) e diminuir o turnover, a aplicação mais frequente da Avaliação de Clima é uma boa prática, visto que muitos executivos ainda estão em home office. A pesquisa permite que potenciais problemas sejam identificados no acompanhamento do clima organizacional e, com essa atenção, é possível contornar entraves que possam resultar em desligamentos.
Já para o longo prazo, uma estratégia mais dispendiosa e complexa é oferecer um percentual de participação do negócio ao colaborador por meio das cláusulas de cliff e vesting.
Segundo a Pesquisa de Remuneração da Diretoria Executiva de TI de 2021 da Evermonte, o diferencial de uma proposta atrativa para cargo executivo no ramo da TI não reside no salário. Hoje, a faixa salarial média de 70% dos executivos no ramo de TI no Brasil está em torno de 33 mil reais. Ou seja, a remuneração do setor é atrativa hoje e contar com benefícios auxiliares pode ser o diferencial para a atração de um talento altamente requisitado.
A Evermonte destacou os benefícios em alta e mais desejados dos executivos em pesquisa própria feita com 2.154 perfis que está disponível para acesso gratuito. Clique aqui para acessar e descobrir o que pode fortalecer a proposta de emprego e diminuir o turnover da companhia
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